2006-10-26

"Boda" em S.Cristovão

S.Cristovão, freguesia do concelho de Montemor-o-Novo, vai receber a Boda no próximo sábado, dia 28 de Outubro, pelas 21:30h.

Poderá ser o seu passeio de sábado. Conhecer S.Cristovão, saborear ao jantar o famoso coelho à S.Cristovão e ir ao teatro.


A freguesia de S. Cristovão, situada junto à margem direita da ribeira do mesmo nome, afluente da ribeira de Alcáçovas, dista da sua sede de concelho 19,2 km. Abrange uma área de 149,14 km2 e a sua população, rondando os cerca 1 100 habitantes, distribui-se pelos seguintes lugares: Baldios, Torre da Gadanha, Foros de Amendonça, Foros da Tojeira e Foros do Pinheiro. No termo de Montemor-o-Novo, S. Cristovão foi curato da apresentação do arcebispado de Évora. Em 1839 apareceu na comarca de Estremoz, em 1852, na de Arraiolos e, no ano seguinte, na de Montemor-o-Novo. A antiguidade do seu povoamento é remota e ascende, pelo menos, ao período da colonização romana, do qual, uma curiosa ponte romana testemunha a crescente necessidade de circulação de pessoas e mercadorias. S. Cristovão, protector das trovoadas e padroeiro dos viajantes que, segundo a lenda, teria transportado um menino que seria Jesus, dá o nome à freguesia que o celebra, em grande festividade, na data de 25 de Julho. Representado através de uma robusta escultura de madeira, talvez quinhentista, que sobreleva sobre o ombro esquerdo o Deus Menino, mostra-se o Santo, na igreja paroquial da freguesia. A data de fundação desta última, muito embora seja desconhecida, deve remontar aos primórdios do século XVI, conforme o comprova um exame de arquitectura feito à sua ábside. Envolvida por terras das courelas que, em 1758 pertenciam ao lavrador-fidalgo Martim Pessanha de Vasconcelos, apresenta uma frontaria voltada ao poente e acusa reformas do período seiscentista. O corpo da sua nave é alongado e protegido de gigantes rematados por pináculos piramidais. O seu alpendre de três arcos, redondos e abatidos, constitui-se, na sua simplicidade, como um característico exemplar das obras rústicas da região. No interior do templo, como uma verdadeira relíquia da arquitectura gótica da primeira metade de quinhentos, pode ser apreciada a capela-mor. Pinturas murais, seiscentistas, visíveis a subjacentes camadas de cal, merecem a nossa referência. Na sacristia actual, reformada no ano de 1704, guardam-se duas importantes pinturas: A Santíssima Trindade, da escola maneirista do ciclo eborense; e S. Miguel e As Almas do Purgatório, atribuída a Jerónimo Corte Real. Embora baptizados pelo povo de cruzeiros, existem na freguesia, três pequenos nichos oratórios, feitos de alvenaria, com empenas triangulares, destinados a estações da Via Sacra das procissões do Senhor Jesus dos Passos e, mais tarde, para repouso de cortejos fúnebres. Os mais antigos, foram implantados, um, na azinhaga do cemitério, outro, na Rua Dr. José Mouzinho. Levantou-se ainda o último, em casa do Largo Dr. Oliveira Salazar, o qual foi totalmente reformado com painel azulejar. Em direcção à Herdade da Lagoa, encontramos a Igreja de S. Romão, integrada na paróquia de S. Cristovão por decreto eclesiástico de 1966. Já existia em 1534, mas a data em que foi fundada está ainda por determinar. A arquitectura da sua frontaria é rústica e harmoniza-se com os seus pitorescos alçados cobertos por telhado de duas águas.

Texto retirado de "A Minha Terra"

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