2009-05-26

Breve nota sobre o contexto histórico da peça In(e)vasões

Em 1807, na sequência do conflito entre a França e a Inglaterra, Napoleão decretou o Bloqueio Continental às Ilhas Britânicas e intimou Portugal a aderir ao bloqueio.
Perante a posição dúbia do futuro rei D. João VI, um exército comandado pelo general Junot invadiu o território português, por terras da Beira Baixa, a 17 de Novembro daquele ano.
Receosa, a família real partiu para o Brasil e entregou o governo a uma Junta de Regência que, em Fevereiro de 1808, foi destituída pelos franceses.
Portugal ficou na dependência de Napoleão. Surgiram uma série de saques e outros actos violentos perpetuados pelos invasores.
Perante os focos de rebelião, que começaram a germinar no país, nomeadamente em Évora, tropas francesas, comandadas por Loison (o Maneta) saíram de Lisboa por Aldeagalega (actual Montijo), em direcção à cidade alentejana.
Em Montemor-o-Novo, organizou-se uma resistência. No dia 28 de Julho de 1808, foi montada uma emboscada às tropas francesas, nos arredores da vila de Montemor-o-Novo, mais precisamente no Porto de Lisboa, junto ao Cavaleiros, onde a estrada real atravessava o Rio Almansor.
Os resistentes foram esmagados, Montemor saqueado e as tropas francesas seguiram a caminho de Évora.

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